segunda-feira, 30 de maio de 2011

Texto em destaque - O paradoxo do Nosso Tempo



Parece realmente um paradoxo que o texto que a seguir se apresenta tenha sido escrito por um homem que ficou conhecido pelo caracter muitas vezes destrutívo do seu humor e um estilo de vida pouco saúdavel, no entanto, o seu génio único produziu uma das análises mais acutilantes da nossa vida actual.









"Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente. Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos frequentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver. Adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; excesso de reuniões e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas "mágicas". Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'. Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer "eu te amo" à sua companheira(o) e às pessoas que ama. Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas amar tudo que você tem!!! Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado."



George Carlin

Autor em destaque - George Carlin






Considerado um dos maiores comediantes de sempre, Carlin foi um pioneiro na forma como aborda a sátira política, o comentário e a crítica social acutilante, chegando a ser frio e caustico no seu humor negro, o que lhe causa alguns problemas e dissabores, ao longo da vida. Incompreendido por alguns, mas amado e seguido por muitos, Carlin, marcou uma época e fez história. Começou a destacar-se, durante os anos 60, dirigido por Jack Paar e Johnny Carson).Nos anos 70 muda de look: calças de ganga largas, cabelo longo, barba e brincos levaram ao cancelamento de algumas participações, recuperando posteriormente a popularidade ao fazer uma performance de “The Hair Piece”,no programa de Ed Sullivan.Na sequência de uma actuação em Milwaukee (1970), foi preso, embora solto pouco mais tarde, pois o juiz considerou que ele tinha liberdade de expressão.Em 1976 parou de actuar regularmente, devido a um ataque cardíaco. Só tendo retornado plenamente ao seu trabalho em1981, com o álbum A Place For My Stuff. No decorrer da sua longa carreira foi autor de livros, álbuns e programas e teve o seu próprio programa: The George Carlin Show, que durou 25 episódios. De 90 a 2000, foi aumentando o reconhecimento do público, à medida que o seu trabalho ainda se tornava mais marcante que nas décadas anteriores.No entanto, em 2004, foi despedido do MGM Grand Hotel em Las Vegas, após uma altercação com um espectador, que não gostou das suas piadas negras sobre suicídios e decapitações. Entrou pouco depois em reabilitação do vício do álcool, bem como de analgésicos prescritos.Em 2006, voltou a fazer digressões pela América, culminando no álbum e especial da HBO Life Is Worth Losing, que cobriu temas como o suicídio, desastres naturais, atitudes extremas no comportamento humano como canibalismo, genocídio e até necrofilia (ou como ele chama, “fucking a corpse”), ameaças aos direitos civis na América e a inferioridade dos homens face aos animais.A 1 de Março 2008, foi lançado o especial da HBO It’s Bad For Ya, mas a 22 de Junho desse mesmo ano, foi internado na Saint John’s Health Center em Santa Monica, falecendo perto das 6 horas da tarde.Vários foram os tributos que chegaram de toda a parte. Lewis Black (considerado o sucessor de Carlin), Jerry Seinfeld, Jon Stewart, Bill Mahers, Joan Rivers ou Larry King são algumas das muitas pessoas que prestaram homenagens a Carlin.Recebeu postumamente o Mark Twain Prize For American Humour no Kennedy Center.Foi influenciado por: Lenny Bruce, Marx Brothers, Spike Jones, entre outros. Influenciou: Lewis Black, Jerry Seinfeld, Chris Rock, Jon Stewart, Stephen Colbert, Jay Leno, Ben Stiller, Bill Cosby, entre muitos outros.
Morre aos 71 anos. A sua vida foi um hino à arte e à coragem.

Livro em destaque - Ninguém me compreende



Cartas a uma jovem adolescente sobre a Vida, a Perda e a Dura Caminhada para a idade adulta.






«As cartas de Sachs são um precioso guia para uma sã comunicação com os adolescentes. Se todos os adultos conseguissem esta forma de respeito intrínseco nas suas relações com os adolescentes, o mundo seria maravilhoso!»

Neste livro ímpar um terapeuta revela as cartas enternecedoras que escreveu a uma jovem adolescente (que à partida recusava o tratamento) orientando-a no caminho angustiante do crescimento e focando-se nas preocupações comuns a muitos adolescentes: a solidão, os relacionamentos, o fim do namoro, os pais e a família, o álcool e o consumo de drogas, etc. Escrito tanto para os jovens como para os adultos, pais e educadores, estas cartas ajudar-nos-ão a ser mais honestos, tolerantes e humildes no nosso relacionamento com os adolescentes. A jovem Amanda a quem escreve o Dr. Sachs vivia uma situação-limite que não é comum a todos os adolescentes. Porém, a abordagem deste terapeuta, a forma como habilmente soube conduzi-la e respeitá-la minorando o seu sofrimento é uma poderosa lição para os jovens e para pais e educadores.



Um livro único da editora Bizâncio, colecção pais e filhos

Autor em destaque - Brad Sachs




Dr. Brad Sachs é um psicólogo, educador, consultor e autor de best-sellers especializados no trabalho clínico com crianças, adolescentes, casais e famílias, em Columbia, Maryland. É também fundador e director de um centro para pais, com um programa projectado para atender as necessidades e dúvidas dos novos pais, grávidas e até de pais experientes.Os seus livros foram traduzidos em várias línguas, incluído Espanhol, Português, Chinês, Japonês, Alemão e Dinamarquês.Dr. Sachs escreve regularmente artigos sobre a vida familiar para revistas, é conhecido por seu tratamento criativo e inovador das crianças e famílias, conduz seminários e workshops nacionais e internacionais. Ele foi entrevistado em mais de três centenas de programas de rádio e televisão, incluindo The Today Show, 20/20, The Montel Williams Show, entre outros.
Além de psicólogo é também poeta e músico.Formou-se na Universidade de Brown, onde conheceu a sua esposa, Dra Karen Meckler, médica psiquiatra e acupunturista. Com a sua família vive em Columbia, Maryland, composta por três filhos adolescentes e muitos cães treinados para executar salvamentos.
«As cartas de Sachs são um precioso guia para uma sã comunicação com os adolescentes. Se todos os adultos conseguissem esta forma de respeito intrínseco nas suas relações com os adolescentes, o mundo seria maravilhoso!»

segunda-feira, 21 de março de 2011

Livro em destaque - Filhos brilhantes - alunos fascinantes


Com o best-seller internacional Pais Brilhantes, Professores Fascinantes, o Dr. Augusto Cury revolucionou a forma como milhões de pais e educadores em todo o mundo encaram a importantíssima tarefa de formar pessoas felizes, éticas e realizadas. Agora, com Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes, o Dr. Cury volta a reflectir sobre a educação como uma ferramenta de transformação da humanidade, desta feita através de uma cativante narrativa. Relata-nos, ao longo destas páginas, a história de Romanov, um professor original, inovador e muitíssimo inteligente, que traz para cada sala de aula o sol da criatividade e a luz do pensamento crítico. Destacado para uma escola que tem a alcunha de «Escola dos Pesadelos», Romanov depara com diversos alunos, professores e pais alienados e desiludidos; contudo, através da arte do ensino, consegue, pouco a pouco, devolver-lhes a capacidade de sonhar e de construir uma vida melhor.

Autor em Destaque: Augusto Cury


Augusto Cury é psiquiatra, psicoterapeuta, escritor e cientista. E o autor da teoria de Inteligência Multifocal, continua a desenvolver estudos sobre as dinâmicas da emoção e da construção dos pensamentos. Dirige a Academia da Inteligência no Brasil, um instituto de formação para psicólogos, educadores e outros profissionais, e actualmente os seus livros são usados em pesquisas de pós-graduação nas mais diversas áreas das Ciências Humanas.
À sua actividade, alia ainda a participação em congressos e conferências em diversos pontos do mundo, onde os seus livros estão publicados.
A Inteligência multifocal é, segundo o próprio autor, uma teoria absolutamente nova que se refere á construção dos pensamentos e que se aplica às principais funções da inteligência humana: a arte de amar e valorizar a vida, apreciar o belo, pensar antes de agir, expor e não impor ideias, ser solidário, gerir pensamentos, quer em situação de conflito, quer não, a empatia, o espírito empreendedor, a capacidade de gerir frustrações e de colaborar no grupo.
Pese embora a aceitação que a obra deste autor tem tido, nem esta, nem a sua postura têm sido isentas de críticas:
Sublinhamos a título de exemplo a postura adoptada por Renato Zamora Flores, professor do departamento de genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e especialista na análise de imposturas científicas que declarou em 2006 à revista Veja: “Os únicos trechos mais ou menos aproveitáveis (da teoria do Dr. Cury acerca da inteligência multifocal) são versões pobres das ideias de cientistas como o neurologista António Damásio. O resto é falsa ciência"
Apesar das críticas mais ou menos fundamentadas, Augusto Cury, através dos seus livros tem chegado a milhões de leitores que têm transformado os seus escritos em bestsellers

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Livro em destaque: Não é o fim do mundo!


Sabe o que significa ter resiliência? Considera-se uma pessoa dotada de resiliência? Sabe como desenvolver essa característica num mundo em mudança?

Aparentemente este termo é trazido directamente da Física para a área da Psicologia. Resiliência, para a física, é a capacidade de um material voltar ao seu estado normal depois de ter sofrido tensão. A resiliência dos materiais, é um factor determinante para a escolha dos profissionais de engenharia ou de arquitectura, principalmente em estruturas sujeitas a condições climatéricas adversas ou de grande porte como pontes, entre outras. Este termo também tem origens na Ecologia. Pode ser definido como a capacidade de recuperação / regeneração de um ambiente frente a um impacto, como por exemplo, a resistência de uma floresta a uma queimada. Actualmente o termo resiliência é utilizado no mundo dos negócios para caracterizar pessoas que têm a capacidade de retornar ao seu equilíbrio emocional após estar sujeito a grandes pressões ou stress, ou seja, possuem capacidades que lhes permitem lidar positivamente com situações promotoras de desequilíbrios, ultrapassando-os sem danos para a sua saúde.
A autora afirma “Escrevi este livro para lhe ensinar a segurar o medo na palma da mão sem se queimar no seu fogo. Sei que é capaz de o fazer. Seja o que for que se passe consigo, lembre-se… não é o fim do mundo. É um apelo ao génio que jaz adormecido no seu íntimo – e no íntimo de todos nós – um génio que está preparado e capaz de recriar o mundo.”
“O meu propósito (…) é ajudá-lo a dominar o medo; a stressar-se menos; e a aprender como pensam as pessoas resilientes e criativas. Correndo o risco de parecer profética, acredito que, dentro de alguns anos, uma nova espécie de selecção natural se imporá à humanidade. As pessoas optimistas e resistentes ao stress comandarão o mundo. E, à medida que a mudança e a incerteza se avolumam, o que é provável, quem tiver propensão para o stress será cada vez menos capaz de competir. Continue a ler, e ocupe o seu lugar no novo mundo que está a emergir.”
Será? Vamos ler!

Personalidade em destaque: Joan Borysenko


Joan Borysenko, desenvolve acções como cientista bióloga, médica e psicóloga. Doutorada na Harvard Medical School, onde completou também três bolsas de pós-doutoramento. É co-fundadora e ex-directora do Mind / Body, uma das primeiras clínicas mente-corpo do país, contribuiu para o desenvolvimento dos programas clínicos do Beth Israel / Deaconess Medical Center, em Boston. É pioneira na área da medicina integrativa, (psiconeuroimunologia). O trabalho de Joan Borysenko, engloba a criatividade, as questões das mulheres, o relacionamento centrado na cura, a espiritualidade, o diálogo inter-religioso. Autora muitos livros que rapidamente se tornaram bestsellers, (incluindo a Paz Interior para Pessoas Ocupadas e Paz Interior para Mulheres trabalhadoras) produziu programas para a televisão, e a sua obra aparece divulgada em inúmeros jornais e revistas incluindo The Wall Street Journal, U.S. News & Word Report, The Washington Post, a revista O e Yoga Journal.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Livro em destaque: Educação Sexual na Escola


Trata-se do volume décimo sétimo de um conjunto de livros que segundo a própria editora
(…) “Pretende abordar temas actuais ligados à área da Educação, sempre com consciência de que a participação, a reflexão e a partilha de informação constituem as chaves para a evolução do processo educativo. Este livro fornece a professores e a outros agentes de Educação informação sistematizada e rigorosa, contribuindo desta forma para melhorar as práticas de todos e potenciar o desenvolvimento do sistema educativo.”
Este livro faz uma abordagem teórica e prática do tema, propondo-se como um guia de aplicação e implementação da educação sexual na escola. Parte de um conceito de sexualidade humana que envolve as dimensões biológicas, psicológicas, afectivas e sociais, permanentemente entendidas como dimensões interligadas e em relacionamento dinâmico.
É tendo em conta esta perspectiva que define os objectivos da educação sexual realizada a nível das instituições escolares e dos organismos promotores da saúde. Considera também um conjunto de técnicas, que pelas suas características são comuns aos vários ciclos de ensino, mas que se devem expressar em actividades e conteúdos diferenciados, porque adaptados às várias fases de desenvolvimento da sexualidade, desde a pré-adolescência, á adolescência, ao jovem adulto, etc. Neste guia, são propostas actividades de educação sexual aplicáveis pelo profissional desde o 2º ciclo do ensino básico, até à educação sexual no ensino secundário.
Embora não rejeite outras formas de trabalho, privilegia uma metodologia de ensino-aprendizagem de carácter participativo, centrada nos interesses e dúvidas do discente, assim ao longo do livro são propostas actividades que envolvem: trabalho de pesquisa, Brainstorming, resolução de problemas, jogos de clarificação de valores, role play ou dramatização, entre outras.
Por fim uma palavra sobre os autores: Alice Frade é antropóloga e desenvolve a sua actividade como técnica da APF, desde 1988. E continua ligada ao trabalho e desenvolvimento desse organismo. António Manuel Marques é doutorado em Psicologia Social e desempenha funções como Professor Coordenador da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal. Colabora com a APF desde 1987, está ligado ao projecto de educação sexual nas escolas desde 1995. Célia Alverca, licenciada em Psicologia e Mestre em ciências da Educação. Desempenha funções como Técnica Superior dos Serviços de Psicologia e Orientação da DREL. Colabora com a APF desde 1989, também ligada aos projectos de educação sexual desde 1995. É fundadora e coordenadora desde 2005 da Escola de Pais de Setúbal. E, por fim, Duarte Vilar, licenciado e doutorado em sociologia. Director executivo da APF desde 1988, professor universitário e investigador em Saúde Sexual e Reprodutiva. Tem dirigido vários projectos na área da educação sexual na escola, colaborando, nessa área desde 1995.
Poderá ser uma boa sujestão para quem se dedica a estas lides!
Boas leituras!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Curiosidades Apropriadas



O título do livro de José Gameiro, já tinha sido utilizado como título de um filme, Yours, Mine and Ours (Os seus, os meus e os nossos) e que foi traduzido para português com o título: “Todos ao monte”
Frank Beardsley e Helen North são dois ex-namorados que se reencontram trinta anos depois. Eles estão viúvos e decidem se casar, só que ele tem oito filhos e ela tem dez, sendo que as duas famílias não se conseguem entender, pois os Beardsley são disciplinados e para os North não existem regras. Tentando resolver os problemas, Frank e Helen criam um plano que fará com que todos tenham que trabalhar juntos.
Este filme foi indicado nas categorias de melhor filme para a família e melhor actuação de elenco jovem pela Young Artist Awards (EUA)
Alguns aspectos de interesse relacionados com o filme:
• O filme é uma remake de Yours, Mine and Ours, de 1968.
• O orçamento do filme foi de 45 milhões de dólares.
• A banda que toca no filme é uma banda alternativa cristã de rock chamada Hawk Nelson.
• Miranda Cosgrove e Drake Bell fazem, novamente, o papel de irmãos, a primeira vez foi em Drake e Josh (North)



Livro em destaque


Os meus os teus e os nossos

Autor: José Gameiro



O conceito de família tradicional parece ultrapassado. O clássico modelo “pai, mãe e filhos” está a perder cada vez mais terreno para novas formas de organização familiar. “Este livro é sobre as novas famílias. Novas famílias é uma expressão que criei para fugir à sua denominação clássica: famílias reconstituídas” Um psiquiatra, que é também um especialista de terapia familiar, reflecte, num tom mais vivencial do que teórico, numa linguagem acessível e num tom coloquial, acerca das chamadas «novas famílias», da sua estrutura, das suas tensões internas, da sua sobrevivência enquanto unidades familiares complexas, ricas de contrastes. Há medida que as várias personagens nos são apresentadas, inicia-se um diálogo na primeira pessoa que nos leva a reflectir sobre os novos estatutos e novos papeís, em que a visão tradicional de cada uma delas se encontra desafiada pela própria existência e experiência de vida, quer seja fruto de uma acção própria e voluntária, quer seja resultado de posições alheias. Estamos perante uma reflexão em que a teoria e prática se casam, sempre sob o estímulo da afectividade, em que compreender significa também ser compreendido. Esqueça-se a concepção tripartida “pai, mãe e filhos”. O conceito de família na sociedade portuguesa há muito que deixou de caber no rótulo tradicional para se espraiar em muitos outras formas de organização familiar: desde homossexuais dos dois sexos que têm a seu cargo filhos de anteriores relações, a mãe e pais solteiros, passando por casais que conjugam filhos de anteriores uniões com filhos nascidos no seio da nova relação. É um livro do nosso tempo e para ler e reflectir no nosso tempo. Vale a pena ler.

Autor em Destaque


José Gameiro


Psiquiatra português, José Manuel Gameiro nasceu a 3 de Julho de 1949. Foi membro fundador da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar, em 1978, e fundador do Instituto de Terapia Familiar.
A Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar surgiu pelo objectivo de divulgar o ensino e a prática de terapia familiar e de intervenção sistémica.
Doutorado em Psicologia e Saúde Mental pela Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto, trabalha no Hospital Miguel Bombarda em Lisboa e ensina Psicologia da Família no Instituto Superior de Ciências da Saúde.
Publicou várias obras, com destaque para Quem Sai aos Seus (1994) em que faz uma abordagem sobre diversos temas tais como a escola e o funcionamento das famílias, dirigida a profissionais da área, mas também ao público em geral.
Publicou ainda Voando sobre a Psiquiatria (1992) e Os Meus, os Teus e os Nossos: Novas Formas de Família (1998) e Crónicas (1998), que é um conjunto de crónicas escritas em dois jornais - O Jornal e, mais recentemente, o Diário de Notícias .
Escreveu também dois livros em colaboração com Daniel Sampaio: Droga, Pais e Filhos (1978) e Terapia Familiar (1985).
Diz que tem a loucura dos aviões. Já era formado em Psiquiatria quando pensou em ser piloto comercial. Ainda chegou a falar com um responsável de uma companhia aérea que fazia voos internos. "Oh, senhor doutor, tenha mas é juízo!", foi a resposta que recebeu. Hoje, passados 24 anos, José Gameiro, psiquiatra e membro fundador da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar, não se arrepende - mas a paixão pelos céus e pela pilotagem não esmoreceu.
Religiosamente, todos os fins-de-semana, dá a sua "volta dos tristes", melhor, "vai passear o cão", como ele próprio o diz. Tira o seu monomotor do hangar no aeródromo de Tires e vai voar durante 15, 20 minutos nos arredores de Cascais.
Mas já tem ido mais longe. "Já fui a Paris, a Marrocos e fiz muitas voltas a Portugal." O grande sonho que nunca chegou a realizar foi atravessar o Atlântico e ir ao Brasil. Mas José Gameiro ainda ambiciona ir à Madeira. Em termos técnicos, diz que é possível fazê-lo num monomotor, mas ainda não conseguiu vencer o receio de acontecer algum imprevisto por cima do mar alto.
A sua "maluquice dos aviões" não se manifesta apenas pelo gosto de pilotar. Sempre que sai de casa olha para o céu quando ouve o barulho de um avião, e, dos três livros que lê ao mesmo tempo, um é sempre sobre aviões.
José Gameiro já levou toda a família no monomotor e os amigos também são companheiros de viagem. Foi aliás com um dos passageiros mais frequentes, um amigo de longa data que costuma também partilhar as viagens por motivos profissionais, que o psiquiatra passou a única situação de emergência que teve até hoje. O trem de aterragem não bloqueava e Gameiro e o amigo tiveram de regressar a Tires, onde conseguiram fazer uma "aterragem tranquila".
José Gameiro nunca levanta voo sem fazer todos os procedimentos da check list. Quando há mau tempo não voa, e não se aventura em viagens nocturnas, apesar de já ter feito algumas.
Ter um avião "não é um luxo, é um gozo". O psiquiatra prefere o avião ao carro e à moto, que, aliás, também conduz. Confessa que manter um avião é caro, mas explica que é uma questão de escolhas.
Gameiro já tentou promover em Portugal um conceito bastante usual noutras partes do mundo, como em Inglaterra: a partilha de aviões, em que um grupo de aviadores usa o mesmo aparelho, repartindo os custos. Mas, por cá, a ideia não vingou.
José Gameiro promete pilotar até morrer ou, pelo menos, até que o Instituto Nacional de Aviação
(fonte: Jornal Expresso e outras)